José de Alencar é um dos mais famosos
escritores do romantismo brasileiro. O autor publicou romances urbanos e
regionalistas que tiveram grande êxito, mas foram sem duvidas os seus romances
indianistas que o tornaram mais conhecido do publico. Entre seus romances
indianistas esta “Iracema”.
Iracema
a virgem dos lábios de mel, é uma índia da tribo dos tabajaras. “Virgem dos
lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais
longos que seu talhe de palmeira” (P.34). Iracema estava banhando-se, quando
avistou Martim em um ato de defesa deu-lhe uma flechada, “A flecha embebida do
arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face do desconhecido” (P. 35). Quebra
comigo a flecha da paz? Disse Martim. Iracema quebrou a flecha (P.35). Araquém seu
pai, o recebe como amigo e o protege. Iracema é a guardiã do segredo de jurema,
uma erva que dava força aos guerreiros, esse alucinógeno só podia ser preparado
por uma virgem. Não passou muito tempo e Martim já estava apaixonado por
Iracema. Iracema devia manter-se virgem, pois sua virgindade
significava a vida da tribo. Irapuã era o maior guerreiro da tribo, que era apaixonado
por Iracema quando percebe o amor de Martim pela virgem se torna inimigo mortal de Martim. O encontro amoroso entre Martim e Iracema,
acontece, pois Martim está inconsciente por ter ingerido a bebida da jurema e a
índia deita-se ao seu lado. A indicação de que a união amorosa se realizara
veio com a frase “Tupã já não tinha sua virgem na terra dos tabajaras” (P. 67).
Sabendo que isso havia ocorrido os índios travam guerra com os potiguaras. Martim
consegue vencer a guerra e foge com sua tribo. Na guerra entre os Potiguaras e
Tabajaras, Iracema perde muitos de seus entes queridos Fica profundamente
triste e não suporta viver na terra de seus inimigos. O
melhor amigo de Martim era Poti. Poti tinha um avo chamado Batuireté, antes de
morrer ele disse: “Tupã quis que esses olhos vissem antes de se apagaram, o
gavião branco junto da narceja.” (P. 83). Ele chama assim o guerreiro branco,
ao passo que trata o neto por narceja, querendo mostra a submissão dos índios pelos
seus colonizadores. Iracema mostra-se cada vez mais triste. Numa ocasião em que
Martim e Poti saem para uma batalha, nasce o filho, Moacir. Quando os dois
amigos voltam da guerra, encontram Iracema à beira da morte. Foi apenas tempo
de entregar o seu filho a Martim e morrer.
Essa
ação de Iracema de trair a sua tribo pode ser encarada como um erro, pois
alguns podem achar que ela devia ter continuado com a sua tribo e não ter
abandonado sua família. Iracema estava apaixonada, quando se esta apaixonado
pouco se pensa na hora de escolher entre esta como o seu amor e outras coisas,
Iracema sempre foi submissa, mostrando assim a submissão do povo indígena aos
seus colonizadores.
Fonte: Iracema – José de Alencar
Bem bolado teu blog, Tavares!
ResponderExcluirContinue postando suas coisas, ok?
Pode marcar uma parte da tua vida escolar e pessoal. É divertido...
Abs